domingo, 13 de novembro de 2011

Crítica
As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne


     Um ponto deveras importante ainda antes de começar esta crítica, de referir que nunca li nenhum dos livros de Hergé, e mesmo no que aos desenhos animados diz respeito, foram poucos os episódios a que assisti, mas, já irão perceber o porquê deste inicio. Também tem que ver com o primeiro anúncio em que referia que este filme iria ser realizado, primeiro pensamento que me veio à cabeça foi o de "não me parece", até ver quem estaria por detrás das câmaras, nada mais, nada menos que os meus dois realizadores preferidos, Steven Spielberg e Peter Jackson! Com isso, o caso mudou logo de figura, e mal o primeiro teaser foi lançado, foi impossível não desejar mais.

     Embora o filme já tenha saído por cá, nos Estados Unidos e outros só chegará aos cinemas em Dezembro,mas em sessões privadas já havia quem tivesse assistido, e daí o meu primeiro comentário inicial, começaram-se medos a apoderar de mim, ao ver críticas medianas, e até abaixo disso. Obviamente, até os melhores falham, e tanto Spielberg, como Jackson têm os seus maus filmes, aqueles que anos mais tarde, vêm a dizer que preferiam nunca terem realizado, mas uma combinação dos dois falhar? Desculpem, mas "I don´t buy it", alguma razão será.


     E essa pergunta foi respondida durante, e depois do filme, não se pode agradar a gregos e troianos, mas foi devido a isso mesmo que me apercebi que as críticas menos boas pertenciam aos fãs mais acérrimos, pois Tintin é conhecido pelos seus dotes de detective, leva o seu tempo a pensar, mas creio, e claro, na minha opinião, se isto fosse transportado para a grande tela não iria resultar muito bem, pois a história por si só já extensa  e com isto ficaria exageradamente grande e secante, pois uma coisa são livros, outra filmes. O Segredo do Licorne é baseado no livro com o mesmo nome, e também em O Caranguejo das Tenazes de Ouro e O Tesouro de Rackham o Terrível, e a acção não pára, é impressionante, há adrenalina sempre a ser bombeada através de visuais lindos e com uma fluidez magistral , nota negativa apenas para o 3D, mais uma vez. Tenho muita pena que Peter Jackson tenha sido apanhado por este tipo de "money maker", já que até O Hobbit terá, também esta tecnologia.

     Outra tecnologia usada foi a captura de movimentos, não totalmente, pois existem acrobacias e movimentos espectaculares que seriam impossiveis de retratar, devido aos limites que o nosso corpo impõe, ainda assim feições e movimentos funcionais foram capturados com isto. Uma das pessoas mais conhecidas nesse género, Andy Serkis, digo mesmo, o Rei desta tecnologia, admiro-o muito, não só por ser sempre a personagem mais impressionante dos filmes em que participa, mas porque fisicamente nunca aparece, casos de Gollum, King Kong, Caesar e agora Capitão Haddock. De espantar, como este consegue exprimir sempre sentimentos únicos apenas usando movimentos corporais.


     Como se de o virar de uma ampulheta se tratasse, o tempo começou a correr, e as críticas foram melhorando, até dos próprios fãs na generalidade, e Tintin arrebatou milhões no Box Office por todo o mundo, não contando com os países em que está em falta a sua estreia, e da maneira que termina, uma sequela era de se prever, e inclusive já está em pré produção, aguardo então ansiosamente, mas atenção, melhor que isto, vai ser dificil. Mas e daí talvez não, não tivessem Steven Spielberg e Peter Jackson a magia para tal.


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