terça-feira, 6 de março de 2012

Crítica
A Invenção de Hugo


     Sendo fã de Martin Scorsese, este era, inevitavelmente, um filme obrigatório! Ainda para mais com um trailer que transpirava "fantasia", parecia óptimo, e com uma premissa encantadora que me chamou logo à atenção. Desde então, e desde que o filme estreou pelo mundo fora, tenho visto críticas muito boas, e também muito más, e recentemente, com a "vitória técnica" nos Óscares, alargou a sua fama para um filme tão bom o quanto parecia ser. Infelizmente, não penso da mesma maneira.


     Mas vamos por partes, antes da ida ao cinema, tive sempre no pensamento que este seria um filme de fantasia e, talvez por isso, a minha desconcertante preocupação ao longo do filme, ao mesmo tempo que dizia a mim mesmo que o melhor estava para vir. Hugo Cabret, é um orfão que deambuleia por uma estação de comboios, andando nos "bastidores" mantendo os relógios da mesma a funcionar, à medida que vai evitando um inspector que teima em levar todas as criancinhas que encontra para o orfanato. Ora, a história começa com um autómato que o pai de Hugo "resgata" e tentam concertar, depois da morte do seu pai, o jovem vê na sua obrigação de acabar o trabalho do pai, mas para isso precisa de várias peças e de uma estranha chave em forma de coração.


     Ben Kingsley, é dos nomes mais conhecidos a figurar o elenco, Sacha Baron Cohen faz a sua estreia em filmes deste género, umas pequenas aparições de Sir Christopher Lee, esse "monstro" do cinema, e a estreia de Asa Butterfield deram uma imagem de valor ao filme, e para mim, o melhor deste, foi mesmo as suas actuações. Não deixa de ser uma grande homenagem ao cinema, verdade seja dita, até parece mentira, dois filmes no mesmo ano a homenagearem Hollywood, estou a falar de "O Artista" claro, mas, e como já referi, talvez por ir com outra ideia na cabeça, o filme não me tenha agradado tanto como a muitos outros. A ideia de Scorsese, até é boa, não fosse o realizador que é, e o respeito por que lhe tenho, o mesmo disse, que queria que isto fosse um filme para que os seus filhos pudessem ver, e ao menos nisso, o objectivo está cumprido, e a vitória estava ganha pelos prémios que já arrebatou.


     Não acho que "A Invenção de Hugo" seja um dos melhores filmes do ano, longe disso, acho sim que mereceu os Óscares que ganhou, menos em um, o de melhor efeitos visuais, gostava de perceber em que é que este filme foi melhor em relação aos outros com que competia, "Transformers", "Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2" e "O Planeta dos Macacos: A Origem", como? Só o Caesar seria suficiente para ganhar esse prémio sozinho, mas enfim, isso é tema para outra conversa. Gostei de ver Hugo Cabret, e de como as restantes personagens protagonizaram o seu papel, a história, e isto, na minha mais modesta opinião, era boa, mas não o suficiente para me agarrar ao filme, até pois a meio do mesmo me senti um pouco entediado. O 3D, inédito em Scorsese, apesar de ser interessante, continua a ser mais do mesmo, e falta, é coisa que não faz.


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