quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Crítica
Sherlock Holmes: Jogo de Sombras


     Depois do sucesso do primeiro filme, seria de estranhar se Robert Downey Jr. (Sherlock) e Jude Law (Watson) não voltassem para uma sequela, que colocava as expectativas num patamar bem elevado, mas será que este é um caso ao nível de Sherlock Holmes? Indo directamente ao assunto, este Jogo de Sombras é em tudo semelhante ao seu antecessor, com a única diferença a ser o vilão, desta vez o grandioso Moriarty, que, como constam nas histórias, era o arqui-inimigo de Holmes, o seu maior vilão.


     Guy Ritchie, pega nas obras de Sherlock e dá-lhes outro caminho. um caminho mais gozão, mas sem menosprezar a sua magia, um arrogante inigualável que calcula tudo ao mais ínfimo pormenor, desde o que vai suceder nas suas lutas, ao cálculo perfeito em que empurra a recente mulher de Watson borda fora de um comboio em andamento. Por esta altura, já é normal em Holmes todas estas "brincadeiras", mas desde cedo, Jared Harris (Moriarty) se impõe, saindo das sombras para o tal "jogo" com Holmes, com diversos encontros entre duas mentes geniais que, metaforicamente, se debatiam num jogo de xadrez, que no final, ditou o destino de ambos.


     Outra pequena diferença, e digo pequena porque pouco ou nada traz à história, é a troca de "señoritas", sai a amante de Holmes, interpretada por Rachel McAdams, que ainda assim tem os seus 15 minutos, apenas para selar o seu futuro na história, com Noomi Rapace a entrar em cena, com o papel de uma cigana, mas que, nem de novo, nem de velho, se diga, trouxe ao enredo, quase se podia falar em figurismo, não fossem as falas (que nem aí se aproveitam) que tem. Mas, o complemento de Holmes, obviamente, é Watson, Downey Jr. e Law são unha com carne uma vez mais, notando-se bem a amizade tanto fictícia como real a transparecer no filme, Watson é como que o pilar que segura Sherlock em todo o seu caminho.


     Jogo de Sombras é, mais virado para acção, menos pensamento, apesar de "jogadas" bem estruturadas pelo personagem principal, acção essa, que não para desde o início ao fim, são poucos os momentos que o espectador tem para respirar até se ver novamente mergulhado numa sequência de cenas inquietantes, mas bem elaboradas. A história essa, é boa, mas, um pouco atrás da apresentada no primeiro filme, apesar das "manhas" continuarem óptimas, quem viu o primeiro, vai certamente gostar deste, e Guy Ritchie sabe como prender o espectador com um equilíbrio perfeito do ridículo da personagem de Sherlock, da sua sabedoria, acção e até mesmo, emoção. Com o final que teve, espera-se um terceiro capítulo, continuando assim, será muito bem vindo certo? "Elementar, meu caro Watson!"    



0 críticas:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
 
Powered by Blogger