A primeira vez que vi o trailer de "Man on A Ledge" a primeira coisa que me veio à cabeça foi o filme de Colin Farrell, "Phone Booth - Cabine Telefónica", um filme que se passa maioritariamente no mesmo sítio e com um enredo simples mas eficaz, como o adorei, chamou-me logo à atenção para o ir ver às salas de cinema. A verdade, é que o enredo é bem mais complicado do que aquilo que se faria prever, um homem (Sam Worthinton) é condenado por um crime diz não ter cometido e embarca num "leap of faith" para demonstrar a sua inocência.
Assim, o que faz é, colocar-se num beiral de um quarto de hotel ameaçando o suicídio se certas condições não forem cumpridas, nada de especial, pois o que lhe realmente interessa, está-se a passar no edifício ao lado, usando esta tentativa de suicídio nada mais que uma distracção. Confesso que esperava outra coisa do filme, mas o que me aguardou foi algo bem melhor, um thriller que sabe o que faz, orienta o espectador através de mudanças inteligentes, algumas esperadas, outras inesperadas, com acção de criar aquele suspense de suster a respiração.
Todo o motivo desta história, deve-se ao facto de a personagem de Sam, ser condenada por ter roubado um diamante a um magnata interpretado por Ed Harris, e tudo, passa pela tentativa de demonstrar que o diamante ainda se encontra nas mãos do mesmo, e que foi tudo uma estratégia para enriquecer ainda mais, deitando as culpas num coitado qualquer que a justiça moderna só teria de mandar para a prisão. Para mim, este filme só teve um problema, o facto de algumas personagens não servirem para mais nada do que uma certa cena, e depois, desaparecem, sem sequer sabermos o seu desfecho quando os créditos começam a passar.
A caminhar para o final começa a ficar mais previsível, mas não deixa de entreter, que é o que se pede que um realizador faça quando tem nas mãos grande potencial, Asger Leth não deixou esse potencial cair e elaborou um thriller que apesar de ser um filme "normal" tem o poder que poucos filmes têm hoje em dia, agarrar o espectador até ao final sem o dispersar ou aborrecer.









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