terça-feira, 30 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
A História da Minha Vida #1
Hans Zimmer
Hans Zimmer, tornou-se um dos mais talentosos e prolíficos compositores de banda sonora para filmes, de todos os tempos. Até é possível que não conheçam o seu nome, mas sem dúvida alguma que já vos passou pelo ouvido a música deste grande homem. A sua música, capaz de mexer com a mais pequena emoção dentro de nós, sente-se desde a primeira à última nota, fazendo-nos rir, chorar, transmitindo alegria, dançando connosco, abraçando-nos e meditando reflectimos sobre o mais ínfimo pormenor que seja, traz mistério, resultando numa mistura de tristeza, e alegria, pela vida.
Zimmer, nasceu em Frankfurt, na Alemanha a 12 de Setembro de 1957. Tendo crescido sem televisão, tocava piano sem parar, nem que fosse tocando apenas nas suas teclas para que algum som surgisse. Perdeu o pai com apenas seis anos. Descobriu depois, Beethoven, Mozart, Bach, através da sua família, aprendeu tudo o que sabe ao colaborar com outros profissionais, nomeadamente com Stanley Myers, outro talentoso compositor, no início da sua carreira.
Muito do que Zimmer agora sabe, deve a Myers, e ainda hoje lhe dá crédito devido ao sucesso e talento que amealhou, devido aos primeiros anos que passou com ele, nomeadamente no que à orquestra diz respeito, com peças orquestrais electrónicas e tradicionais. Foi em Londres, que deu os primeiros passos, tocava nos Buggles e estreou-se com “Video Killed The Radio Star”.
“A great soundtrack is about communicating with the audience.”
Ainda em Londres, trabalhou em algumas curtas-metragens antes de se mudar para a América. Foi então, em Los Angeles, que foi convidado para compor a banda sonora de Rain Man (1988), em português Encontro de Irmãos, com Tom Cruise e Dustin Hoffman, banda sonora essa que recebeu a nomeação para o Óscar de Melhor Banda Sonora, a primeira nomeação de Zimmer, não ganhou, mas o filme, esse sim, venceu a estatueta para Melhor Filme. No ano seguinte, com Driving Miss Daisy (1989), conhecido em Portugal por apenas Miss Daisy, com Morgan Freeman, Jessica Tandy e Dan Aykrond, ao qual também compôs a sua banda sonora, ganhou também o Óscar de Melhor Filme. Hans Zimmer, tem uma extensa lista de filmes ao qual é creditado, e apesar de, e tomando estes como exemplo, não ter ganhado ele mesmo o prémio, quando um filme ganha, muito deve ao som, ás peças, à banda sonora que o acompanha, o que seria um conjunto de imagens sem aquele som que a acompanha e mexe connosco bem cá dentro? Hans é um mestre nisso.
Foi em 1994, que surgiu a sua primeira vitória pessoal, quando ganhou o GRAMMY e o Globo de Ouro com a banda sonora que realizou para The Lion King, O Rei Leão, tendo amealhado no ano seguinte, o seu grande Óscar, pela vitória de Melhor Banda Sonora no filme Crimson Tide (1995), Maré Vermelha, com Denzel Washington e Gene Hackman a assumirem o papel principal. Uma curiosidade, Zimmer elaborou a sua centésima composição para o filme The Last Samurai (2003), O Último Samurai, de Tom Cruise.
“A great soundtrack is about communicating with the audience.”
Existem diversos pontos marcantes na vida, e na história da carreira de Hans Zimmer, mas uma curiosa, que já confessou ele próprio em entrevista, na peça “Journey to the Line”, assombrosamente bela, foi composta após um desentendimento com o director de The Thin Red Line (1998), em bom português, A Barreira Invisível, com actores como Sean Penn, Jim Caviezel, Ben Chaplin, George Clooney ou John Cusack, confessou mesmo tê-la escrito com profunda irritação após esse conflito. Não só esteve presente na banda sonora deste filme, como foi usada também no trailer de Pearl Harbor.
Hans Zimmer, é um apaixonado pelo seu trabalho, acredita que a orientação é essencial para que os compositores mais jovens se possam tornar ainda melhores.. Segundo o próprio, “Quando vim para a América, aquela sensação de aprender, não existe na verdade. Para que alguém possa sobreviver é preciso haver algo que lhe morda os calcanhares. É preciso ser se jovem e com espirito festivo.”. Sendo um homem de acção, co-fundou a Media Ventures, que, em seguida, se dividu e tomou controlo de alguns dos pontos mais importantes do cinema, de alguns dos nomes mais populares, como Pirates of the Caribbean (2003) – Piratas das Caraíbas, Kung Fu Panda (2008) – O Panda do Kung Fu, Iron Man (2008) - Homem de Ferro, Gladiator (2000) - Gladiador, Mission Impossible II (2000) - Missão Impossível II, The Last Samurai (2003) - O Último Samurai, Batman Begins (2005) - Batman – O Inicio, Transfomers (2007), Hancock (2008), Kingdom Of Heaven (2005) – Reino dos Céus, The Dark Knight (2008) – O Cavaleiro das Trevas, Madagascar (2005), The Da Vinci Code (2006) - O Código Da Vinci, Angels & Demons (2009) - Anjos e Demónios. Com compositores a colaborar e a trabalhar todos juntos nesta unidade de produção.
Hans Zimmer, um dos nossos compositores de cinema mais excepcionais e brilhantes na indústria cinematográfica, mas não só, em jogos também, por exemplo Modern Warfare 2 ou Crysis 2 são apenas alguns exemplos de onde Zimmer deixou também a sua marca. Portanto, façam favor de se sentarem e apreciar a genialidade de uma das pessoas mais influentes desta geração de compositores.
Algumas Bandas Sonoras de Hans Zimmer:
The Last Emperor (1987) - O Último Imperador
Days of Thunder (1990) - Dias de TempestadeThelma & Louise (1991)
The Lion King (1994) - O Rei Leão
Crimson Tide (1995) - Maré Vermelha
The Preacher's Wife (1996) - Espírito do Desejo
Broken Arrow (1996) - Operação Flecha Quebrada
The Rock (1996) - O Rochedo
The Peacemaker (1997) - O Pacificador
As Good As It Gets (1997) - Melhor é Impossível
Smilla's Sense of Snow (1997) - Smilla e o Mistério da Neve
The Thin Red Line (1998) - A Barreira Invisível
The Prince of Egypt (1998) - O Príncipe do Egipto
Gladiator (2000) - Gladiador
Pearl Harbor (2001)
Backdraft (2001) - Mar de Chamas
Hannibal (2001)
Black Hawk Down (2001) - Cercados
The Ring (2002) - O Aviso
The Last Samurai (2003) - O Último Samurai
Matchstick Men (2003) - Amigos do Alheio
Somethings Gotta Give (2003) - Alguém tem que Ceder
Lauras Stern (2004)
Shark Tale (2004) - O Gang dos Tubarões
Spanglish (2004) - Espanglês
King Arthur (2004) - Rei Artur
The Weather Man (2005) - O Homem do Tempo
Madagascar (2005)
Batman Begins (2005) - Batman - O Ínicio
The Da Vinci Code (2007) - O Código Da Vinci
Pirates of the Caribbean (2007) - Os Piratas das Caraíbas
The Simpsons Movie (2007) - Os Simpsons - O Filme
Kung Fu Panda (2008) - O Panda do Kung Fu
Madagascar- Escape 2 Africa (2008) - Madagáscar 2
The Dark Knight (2008) - O Cavaleiro das Trevas
Angels & Demons (2009) - Anjos e Demónios
Sherlock Holmes (2010)
Inception (2010) - A Origem
Rango (2011)
Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides (2011) - Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés
Kung Fu Panda 2 (2011) - O Panda do Kung Fu 2
Madagascar 3: Europe's Most Wanted (2012) - Madagáscar 3
The Dark Knight Rises (2012) - O Cavaleiro das Trevas Renasce
Man of Steel (2013) - O Homem de Aço
The Lone Ranger (2013) - O Mascarilha
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Hans Zimmer
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Crítica
Oblivion - Esquecido
O par é apoiado pela comandante da missão Sally, Melissa Leo no seu papel, que controla as operações a bordo do TET, a estação principal situada na órbita do planeta. O filme começa duas semanas antes do término da missão, Jack e Victoria teriam então recolhido matéria-prima suficiente garantido a sobrevivência humana a longo prazo, sendo que no final destas últimas duas semanas o par se juntaria então aos restantes sobreviventes em Titã, a maior lua de Saturno. Mas é de um momento para o outro quando Jack reparava um dos drones que tinha sido atacado pelos Predadores que se levantam questões sobre a sua missão, ao mesmo tempo que surgem memórias antigas.
Joseph Kosinksi, director de TRON: O Legado, traz a Oblivion a sua experiência em ficção-científica, não sendo estranho algum no mundo da tecnologia futurística e dos efeitos especiais, sendo que neste seu novo original, conta com uma história mais contemplativa, não incluindo apenas acção como cenas memoráveis e o desenvolver da história do princípio ao fim. Trata-se de um equilíbrio intimidante e raro de encontrar, especialmente num projecto que é tão pessoal, sendo que até ao desenrolar dos créditos finais, Kosinski foi o responsável principal de Oblivion, na história inicial, na adaptação do guião e na sua direcção.
Oblivion, conta com uma história cativante, com reviravoltas interessantes e em certas alturas, ainda que por breves momentos, com algum humor e leveza. Os fãs de ficção científica serão capazes de antecipar um pouco o final, principalmente a certa altura em que se torna previsível, ainda que mesmo com estes espectadores experientes a adivinharem o final acertadamente, não deixam de ter a sua recompensa emocional final que seria pretendida.
Aliás, Esquecido, coloca ênfase principalmente na sua personagem principal em praticamente todos os elementos da produção, deixando alguns espectadores que esperariam uma guerra pós-apocalíptica um pouco desiludidos com alguma acção limitada nesse aspecto. Ainda que o filme contemple com muitas cenas de combate interessantes, cada uma com o seu estilo “limpo” e “liso” característico de filmes de ficção-científica, e de quem conhece TRON, nota aí muitas parecenças principalmente nos cenários “limpos”, no entanto, peca por num mundo tão bem construído, falta acção a uma escala maior, equiparando-se com o tamanho de cada cenário. Assim, Oblivion, pega no elemento mistério e anexa ao de ficção-científica, com muita tensão de maneira a manter a audiência envolvida.
Considerando o pequeno elenco, Tom Cruise é o responsável pelos melhores momentos de Oblivion, trata-se de um protagonista simpático e contemplativo que se encaixa dentro do Cruise que nos tem vindo a habituar durante tantos anos, sendo o herói em tantos outros filmes, desta vez, com Jack, decidiu ser um pouco mais delicado, sendo uma personagem mais convidativa.
Mas as estrelas não ficam por aqui, Andrea Riseborough como Victoria, directora de comunicações de Jack e sua única confidente, ao contrário de Jack, está ansiosa para se reunir com os restantes sobreviventes em Titã. Mas em personagens secundárias, e mesmo com um curto papel, Morgan Freeman consegue mais uma vez roubar parte do espectáculo, oferecendo adições significativas para a história de Oblivion, juntamente com Nikolaj Coster-Waldau que tem vindo a crescer ultimamente cinematograficamente, Melissa Leo e Olga Kurylenko, cada um com os seus próprios momentos no centro das atenções.
Kosinski, deve muito do sucesso de Oblivion ao departamento de efeitos especiais, uma vez que trouxeram dois dos mais interessantes elementos para a vida, primeiramente os drones, e uma Nova Iorque do pós-guerra. Os drones, robôs aéreos fascinantes, máquinas de matar, a paisagem, contemplando-se morta, destruída, na guerra, apresentando elementos da sua antiga glória em algumas das cenas mais absorventes do filme, tomando como exemplo, a tocha da Estátua da Liberdade imóvel numa ravina, apresentando-se a meio de uma perseguição de alta intensidade, tornando-se lembretes constantes da destruição causada pelo ataque alienígena.
Oblivion, não é o filme mais emocionante ou a experiência mais inteligente da ficção-científica, fãs de acção poderão ficar desapontados com a quantidade limitada de tiroteios e outras cenas de acção, e os espectadores que procuram mundos de ficção podem encontrar muitos traços familiares. Com um trauma previsível de se revelar, mantem de qualquer forma a criação alucinante que Kosinksi imaginou, o director apresenta um futuro fascinante com visuais ricos e um protagonista intrigante. Oblivion poderia facilmente se ter tornado uma experiência complicada, em vez disso, o filme mantém um foco assente na jornada do personagem de Jack, que felizmente é uma “equipa eficaz” de drama e aventura pós apocalíptica.

























