quarta-feira, 29 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Crítica
Assalto à Casa Branca
Banning coordena então através de comunicações escondidas no interior da Casa Branca, com o Presidente interino Allan Trumbull (Morgan Freeman), juntamente com a chefe dos Serviços Secretos (Angela Bassett), à medida que avança pelo edifício devastado pela guerra, com a missão de salvar o Presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart), assim como descobrir as verdadeiras intenções do grupo terrorista.
Em Assalto à Casa Branca, Fuqua, junta o seu gosto pelo drama de carácter corajoso com um enredo de acção num estilo homem contra exército. Na sua maioria, o emparelhamento foi bem-sucedido, equilibrando as interacções agradáveis e acção brutal para uma história implacável que se articula quase de forma automática, muito rapidamente. A maioria das personagens são clichés políticos, dando espaço para a narrativa central, levando os terroristas ao centro do palco, colocando um obstáculo atrás de obstáculo em frente de Banning. Como resultado, Olympus, ou a Casa Branca, traz recordações de tantos outros filmes do mesmo género, ainda assim, aos fãs do género, consegue oferecer o que querem, patriotas a agitar bandeiras, com muita sagacidade, explosões e machismo.
A configuração Casa Branca/Washington DC acrescenta definitivamente mais intriga ao filme. Disto isto, com o que se passa no mundo real e com as medidas de segurança meticulosas, os cinéfilos mais exigentes vão encontrar problemas com a plausibilidade em certos pontos do enredo, uma vez que o filme leva ao limite a descrença e, ao mesmo tempo, depende fortemente de reviravoltas familiares que os espectadores vão descobrir antes mesmo de acontecerem. Para além disso, cada cena vale a pena, mesmo quando não é uma ideia fresca ou única, os elementos mais rebuscados ainda conseguem dar a quem observa, entretenimento em troca do investimento.
Graças a um desempenho “ridículo” de Gerard Butler, Banning é o principal atractivo do filme. Depois de um ataque explosivo em Washington DC e na Casa Branca, reforçando significativamente, deixando para trás os efeitos especiais, em prol de acção corpo a corpo em cantos escuros dos cenários. Não há muito a falar do carácter de Banning, as suas motivações são simples, estando devastado com a culpa de uma falha do passado, mas a atitude que ele apresenta quando fala com os seus contactos no Pentágono ou quando atormenta agentes terroristas, fornece a abundância de encontros memoráveis, juntando ainda momentos cómicos.
Assalto à Casa Branca segue o género de filme de um homem contra um exército e enquanto Banning se serve de tiroteios explosivos e lutas em carne e osso apresenta uma experiência de acção que vale a pena à medida que abre caminho para a luta final. Em vez de priorizar o seu papel numa missão de resgate multi-facetada, as suas acções carregam um peso legítimo, cada encontro é tenso e os acontecimentos que se desenrolam tornam no numa credível máquina de matar.
A maioria da acção é deixada para Banning (e para os terroristas que ele despacha), mas não esquecendo o lote de personagens de apoio para personalizar o drama pessoal. Como já foi mencionado, alguns dos personagens são baseadas fortemente em figuras politicas e militares estabelecidas que o público já viu em tantos outros filmes, incluindo Angela Bassett como a chefe simpática dos Serviços Secretos ou Dylan McDermott como ex companheiro Dave Forbes, dos Serviços Secretos. Estes personagens trabalham no contexto da história, mas em papéis pálidos em comparação com personalidades muito mais interessants, como Eckhart, o altruísta Presidente Asher ou a inabalável Secretária da Defesa Melissa Leo, como Rith McMillian. Morgan Freeman retoma o seu papel de Presidente Interino que interpretou em Impacto Profundo (Deep Impact), em circunstâncias de Speaker, orador da Casa Branca.
Juntamente com os riscos da história final, juntamente com uma quantidade surpreendente de violência, Assalto à Casa Branca surge como um assunto muito sério mas, ao mesmo tempo, com caricaturas de personalidades conhecidas e com um protagonista forte que coloca o filme em um estranho meio-termo que pode ser desanimador para cinéfilos que não são capazes de separar a realidade da ficção.
Além da descrença que o filme oferece, não existe um ponto principal do enredo, que seja desenvolvido, apenas um, que é descabido no final, matando um dos personagens mais importantes do filme, roubando a oportunidade para desenvolver o drama prometido. Embora o Assalto à Casa Branca não tenha grandes momentos com várias das personagens, o filme entra muitas vezes em desacordo com as ambições de Fuqua, resultando num filme de acção emocionante que administra mal várias ideias centrais da história.
Ainda assim, é um filme de acção imensamente divertido, e muito brutal, ainda assim solitário. Em várias cenas, o filme confirma a existência dos elementos base do género ajudando a remodelar uma história tantas vezes vista através de uma nova abordagem. Alguns pontos da trama e os personagens estão abaixo ou atrapalhados por uma forte dependência do trabalho face às explosões, mas Fuqua, mantém um ritmo acentuado, passando de um momento tenso para outro, raramente permitindo aos espectadores tempo para notar as deficiências do filme.
É claro, que o director tinha intenções ambiciosas para este filme, rumo a um drama com uma personagem inteligente com relevância politica e acção electrizante. Enquanto o filme não chega a cumprir todas as ideias que ele apresenta, destaca-se principalmente por ser um “assalto” cativante e intransigente, onde os momentos de carácter inteligente são apenas um bónus adicional.
quarta-feira, 22 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
terça-feira, 7 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
Crítica
Homem de Ferro 3
Iron Man 3, em bom português Homem de Ferro 3, continua a história de Tony stark (Robert Downey Jr.), que, após a batalha de Nova Iorque, em The Avengers (Os Vingadores), continua no lote de super heróis em constante expansão. Incapaz de dormir, Stark dedica-se ao trabalho da construção de novos fatos, pondo-os mesmo à frente dos seus relacionamentos pessoais, incluindo negligenciar a única pessoa que, segundo ele, sem ela, não poderia viver, Pepper Potts, interpretada por Gwyneth Paltrow.
No entanto, é quando o misterioso terrorista, conhecido como O Mandarim (Ben Kingsley no papel) mata cidadãos americanos e acaba por ferir o amigo e, guarda costas de longa data de Stark, mas tudo chega a um novo climax quando, tudo o que Tony tinha, desaparece, destruído pelo Mandarim, incluindo os seus fatos e a sua casa, forçando-o a investigar a ameaça como um homem comum, embarcando numa perigosa missão para por termo à ameaça do Mandarim, provando, ao mesmo tempo que Tony Stark é mais do que apenas a sua armadura do Homem de Ferro.
Seguindo os passos de Os Vingadores, a Marvel Studios tinha uma tarefa difícil pela frente, entregar um lote de histórias de personagens que fossem autónomos, englobando o universo Avengers, sem elevar demasiado a emoção e o impulso gerado pelo épico de 2012 que juntou aquela grande equipa de heróis da Marvel. Assim, Homem de Ferro é o primeiro personagem a entrar em acção pós-Avengers, tendo Shane Black com o filme nas mãos, cineasta conhecido por misturar acção e humor mais personagens memoráveis. Começa então a segunda fase do Universo Marvel, através de uma história inteligente, emocionante e com muito combate à mistura.
Curiosamente, enquanto Black consegue apresentar uma história mais pessoal e íntima de Tony Stark na série até agora, por vezes surge em detrimento da icónica acção que ronda sempre o Homem de Ferro, que os fãs tão acérrimos estariam à espera. Não querendo retirar crédito aos momentos emocionantes que caracterizam a armadura neste filme, mas Robert Downey Jr. gasta uma quantidade significativa de tempo fora da acção, mesmo durante várias partes chave das lutas.
Posto isto, os vilões neste terceiro capitulo, são super soldados com um vírus, Extremis, sendo uma mudança bem-vinda, incluindo lutas com fatos, incluindo Mark 42 (que Stark pode controlar remotamente) acrescentando cenas que serão certamente memoráveis para os amantes, mas também para os recém chegados da banda desenhada. Ainda assim, apesar de Homem de Ferro 3 incluir alguns dos melhores momentos da trilogia, alguns espectadores ficarão desapontados com a relação final entre Tony Stark e a sua armadura.
A história central examina a relação entre Stark e o seu fato de ferro, desta vez, tornando-se um ponto para mostrar o génio, bilionário, playboy e filantropo, sem armadura. Como resultado, os espectadores passam muito tempo a assistir Robert Downey Jr. com as suas frases de marca, disparando-as em todos os sentidos, com alguma vulnerabilidade genuína, especialmente quando combinado com o seu jovem ajudante Harley Keener (Ty Simpkins). Downey, mais uma vez oferece a Stark o seu charme, a sua maneira de ser egocêntrica.
No entanto, enquanto o filme se baseia fortemente nos eventos que incluiem os Avengers, como se de uma muleta emocional se tratasse para a história de Tony Stark, tornando-se assim difícil de entender por parte dos fãs porque não houve qualquer tipo de ajuda ou pelo menos um aparecimento de alguma personagem, ou pelo menos de membros da SHIELD para ajudarem Stark.
Voltando apenas a Iron Man, Pepper Potts, o Coronel James Rhodes (Don Cheadle), ou o guarda-costas amigo Happy Hogan (Jon Favreau), todos oferecem algo de sólido com os seus respectivos personagens, e cada um tem permissão para fazer algo mais neste filme. Cheadle especialmente, ajuda a solidificar o seu lugar no universo cinematográfico da Marvel, com o personagem War Machine, o seu fato, ganhando também ele a luz da ribalta.
No universo Iron Man, entram novos personagens, como o de Ben Kingsley, que apresenta um terrorista cativante, o Mandarim que é inquietante, mas considerando a importância da personagem na tradição da banda desenhada (não mencionando os laços totalmente inexplorados do filme original), assim, fãs dos comics, podem ficar desapontados com o uso do seu vilão favorito. Aldrich Killian (Guy Pearce) não é especialmente uma adição memorável para o lote de personagens da série, mas em uma cena ou outra, torna-se um aspecto satisfatório do filme.
O filme, é embalado com muitas personagens e enlaces complicados que tiram um pouco o carácter da história que seria relativamente simples, um monte de ideias, e referências da banda desenhada, misturados, mas que resultam algumas das vezes em contribuições valiosas para a história, mas a verdade é que acabam por distrair da história principal que estava já emocionalmente carregada.
Da mesma forma, existem sequências de lutas e explosões simplesmente extraordinárias, mas algumas vezes totalmente sobrecarregadas, tomando o exemplo quando a armadura do Homem de Ferro com explosões por detrás e em vez de se fazer destaque a Tony Stark e aos vários elementos do seu icónico fato, que resultaria certamente numa retenção da retina do espectador de um momento de grande sucesso, que acaba por se tornar num borrão confuso de armadura e explosões.
Na tentativa de manter o mesmo nível de acção de heróis dos Vingadores, Homem de Ferro 3, às vezes, “algema” o seu herói, bem como a sua história, atirando muito do seu estilo para o ecrã, sem ser consciente da descoberta e admiração que fez o primeiro filme de forma tão memorável. Ainda assim, é já um blockbuster para as massas, que inclui um grande número de cenas com acções únicas e com antagonistas que quebram a monotonia, do estilo armadura contra armadura.
Homem de Ferro 3, não é o melhor que a Marvel partilhou das ofertas do seu universo, mas proporciona diversão e emoção suficiente para os fãs do herói e dos recém adquiridos fãs de Os Vingadores.
terça-feira, 30 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
A História da Minha Vida #1
Hans Zimmer
Hans Zimmer, tornou-se um dos mais talentosos e prolíficos compositores de banda sonora para filmes, de todos os tempos. Até é possível que não conheçam o seu nome, mas sem dúvida alguma que já vos passou pelo ouvido a música deste grande homem. A sua música, capaz de mexer com a mais pequena emoção dentro de nós, sente-se desde a primeira à última nota, fazendo-nos rir, chorar, transmitindo alegria, dançando connosco, abraçando-nos e meditando reflectimos sobre o mais ínfimo pormenor que seja, traz mistério, resultando numa mistura de tristeza, e alegria, pela vida.
Zimmer, nasceu em Frankfurt, na Alemanha a 12 de Setembro de 1957. Tendo crescido sem televisão, tocava piano sem parar, nem que fosse tocando apenas nas suas teclas para que algum som surgisse. Perdeu o pai com apenas seis anos. Descobriu depois, Beethoven, Mozart, Bach, através da sua família, aprendeu tudo o que sabe ao colaborar com outros profissionais, nomeadamente com Stanley Myers, outro talentoso compositor, no início da sua carreira.
Muito do que Zimmer agora sabe, deve a Myers, e ainda hoje lhe dá crédito devido ao sucesso e talento que amealhou, devido aos primeiros anos que passou com ele, nomeadamente no que à orquestra diz respeito, com peças orquestrais electrónicas e tradicionais. Foi em Londres, que deu os primeiros passos, tocava nos Buggles e estreou-se com “Video Killed The Radio Star”.
“A great soundtrack is about communicating with the audience.”
Ainda em Londres, trabalhou em algumas curtas-metragens antes de se mudar para a América. Foi então, em Los Angeles, que foi convidado para compor a banda sonora de Rain Man (1988), em português Encontro de Irmãos, com Tom Cruise e Dustin Hoffman, banda sonora essa que recebeu a nomeação para o Óscar de Melhor Banda Sonora, a primeira nomeação de Zimmer, não ganhou, mas o filme, esse sim, venceu a estatueta para Melhor Filme. No ano seguinte, com Driving Miss Daisy (1989), conhecido em Portugal por apenas Miss Daisy, com Morgan Freeman, Jessica Tandy e Dan Aykrond, ao qual também compôs a sua banda sonora, ganhou também o Óscar de Melhor Filme. Hans Zimmer, tem uma extensa lista de filmes ao qual é creditado, e apesar de, e tomando estes como exemplo, não ter ganhado ele mesmo o prémio, quando um filme ganha, muito deve ao som, ás peças, à banda sonora que o acompanha, o que seria um conjunto de imagens sem aquele som que a acompanha e mexe connosco bem cá dentro? Hans é um mestre nisso.
Foi em 1994, que surgiu a sua primeira vitória pessoal, quando ganhou o GRAMMY e o Globo de Ouro com a banda sonora que realizou para The Lion King, O Rei Leão, tendo amealhado no ano seguinte, o seu grande Óscar, pela vitória de Melhor Banda Sonora no filme Crimson Tide (1995), Maré Vermelha, com Denzel Washington e Gene Hackman a assumirem o papel principal. Uma curiosidade, Zimmer elaborou a sua centésima composição para o filme The Last Samurai (2003), O Último Samurai, de Tom Cruise.
“A great soundtrack is about communicating with the audience.”
Existem diversos pontos marcantes na vida, e na história da carreira de Hans Zimmer, mas uma curiosa, que já confessou ele próprio em entrevista, na peça “Journey to the Line”, assombrosamente bela, foi composta após um desentendimento com o director de The Thin Red Line (1998), em bom português, A Barreira Invisível, com actores como Sean Penn, Jim Caviezel, Ben Chaplin, George Clooney ou John Cusack, confessou mesmo tê-la escrito com profunda irritação após esse conflito. Não só esteve presente na banda sonora deste filme, como foi usada também no trailer de Pearl Harbor.
Hans Zimmer, é um apaixonado pelo seu trabalho, acredita que a orientação é essencial para que os compositores mais jovens se possam tornar ainda melhores.. Segundo o próprio, “Quando vim para a América, aquela sensação de aprender, não existe na verdade. Para que alguém possa sobreviver é preciso haver algo que lhe morda os calcanhares. É preciso ser se jovem e com espirito festivo.”. Sendo um homem de acção, co-fundou a Media Ventures, que, em seguida, se dividu e tomou controlo de alguns dos pontos mais importantes do cinema, de alguns dos nomes mais populares, como Pirates of the Caribbean (2003) – Piratas das Caraíbas, Kung Fu Panda (2008) – O Panda do Kung Fu, Iron Man (2008) - Homem de Ferro, Gladiator (2000) - Gladiador, Mission Impossible II (2000) - Missão Impossível II, The Last Samurai (2003) - O Último Samurai, Batman Begins (2005) - Batman – O Inicio, Transfomers (2007), Hancock (2008), Kingdom Of Heaven (2005) – Reino dos Céus, The Dark Knight (2008) – O Cavaleiro das Trevas, Madagascar (2005), The Da Vinci Code (2006) - O Código Da Vinci, Angels & Demons (2009) - Anjos e Demónios. Com compositores a colaborar e a trabalhar todos juntos nesta unidade de produção.
Hans Zimmer, um dos nossos compositores de cinema mais excepcionais e brilhantes na indústria cinematográfica, mas não só, em jogos também, por exemplo Modern Warfare 2 ou Crysis 2 são apenas alguns exemplos de onde Zimmer deixou também a sua marca. Portanto, façam favor de se sentarem e apreciar a genialidade de uma das pessoas mais influentes desta geração de compositores.
Algumas Bandas Sonoras de Hans Zimmer:
The Last Emperor (1987) - O Último Imperador
Days of Thunder (1990) - Dias de TempestadeThelma & Louise (1991)
The Lion King (1994) - O Rei Leão
Crimson Tide (1995) - Maré Vermelha
The Preacher's Wife (1996) - Espírito do Desejo
Broken Arrow (1996) - Operação Flecha Quebrada
The Rock (1996) - O Rochedo
The Peacemaker (1997) - O Pacificador
As Good As It Gets (1997) - Melhor é Impossível
Smilla's Sense of Snow (1997) - Smilla e o Mistério da Neve
The Thin Red Line (1998) - A Barreira Invisível
The Prince of Egypt (1998) - O Príncipe do Egipto
Gladiator (2000) - Gladiador
Pearl Harbor (2001)
Backdraft (2001) - Mar de Chamas
Hannibal (2001)
Black Hawk Down (2001) - Cercados
The Ring (2002) - O Aviso
The Last Samurai (2003) - O Último Samurai
Matchstick Men (2003) - Amigos do Alheio
Somethings Gotta Give (2003) - Alguém tem que Ceder
Lauras Stern (2004)
Shark Tale (2004) - O Gang dos Tubarões
Spanglish (2004) - Espanglês
King Arthur (2004) - Rei Artur
The Weather Man (2005) - O Homem do Tempo
Madagascar (2005)
Batman Begins (2005) - Batman - O Ínicio
The Da Vinci Code (2007) - O Código Da Vinci
Pirates of the Caribbean (2007) - Os Piratas das Caraíbas
The Simpsons Movie (2007) - Os Simpsons - O Filme
Kung Fu Panda (2008) - O Panda do Kung Fu
Madagascar- Escape 2 Africa (2008) - Madagáscar 2
The Dark Knight (2008) - O Cavaleiro das Trevas
Angels & Demons (2009) - Anjos e Demónios
Sherlock Holmes (2010)
Inception (2010) - A Origem
Rango (2011)
Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides (2011) - Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés
Kung Fu Panda 2 (2011) - O Panda do Kung Fu 2
Madagascar 3: Europe's Most Wanted (2012) - Madagáscar 3
The Dark Knight Rises (2012) - O Cavaleiro das Trevas Renasce
Man of Steel (2013) - O Homem de Aço
The Lone Ranger (2013) - O Mascarilha
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A história da minha vida,
Banda Sonora,
Biografia,
Hans Zimmer
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Crítica
Oblivion - Esquecido
O par é apoiado pela comandante da missão Sally, Melissa Leo no seu papel, que controla as operações a bordo do TET, a estação principal situada na órbita do planeta. O filme começa duas semanas antes do término da missão, Jack e Victoria teriam então recolhido matéria-prima suficiente garantido a sobrevivência humana a longo prazo, sendo que no final destas últimas duas semanas o par se juntaria então aos restantes sobreviventes em Titã, a maior lua de Saturno. Mas é de um momento para o outro quando Jack reparava um dos drones que tinha sido atacado pelos Predadores que se levantam questões sobre a sua missão, ao mesmo tempo que surgem memórias antigas.
Joseph Kosinksi, director de TRON: O Legado, traz a Oblivion a sua experiência em ficção-científica, não sendo estranho algum no mundo da tecnologia futurística e dos efeitos especiais, sendo que neste seu novo original, conta com uma história mais contemplativa, não incluindo apenas acção como cenas memoráveis e o desenvolver da história do princípio ao fim. Trata-se de um equilíbrio intimidante e raro de encontrar, especialmente num projecto que é tão pessoal, sendo que até ao desenrolar dos créditos finais, Kosinski foi o responsável principal de Oblivion, na história inicial, na adaptação do guião e na sua direcção.
Oblivion, conta com uma história cativante, com reviravoltas interessantes e em certas alturas, ainda que por breves momentos, com algum humor e leveza. Os fãs de ficção científica serão capazes de antecipar um pouco o final, principalmente a certa altura em que se torna previsível, ainda que mesmo com estes espectadores experientes a adivinharem o final acertadamente, não deixam de ter a sua recompensa emocional final que seria pretendida.
Aliás, Esquecido, coloca ênfase principalmente na sua personagem principal em praticamente todos os elementos da produção, deixando alguns espectadores que esperariam uma guerra pós-apocalíptica um pouco desiludidos com alguma acção limitada nesse aspecto. Ainda que o filme contemple com muitas cenas de combate interessantes, cada uma com o seu estilo “limpo” e “liso” característico de filmes de ficção-científica, e de quem conhece TRON, nota aí muitas parecenças principalmente nos cenários “limpos”, no entanto, peca por num mundo tão bem construído, falta acção a uma escala maior, equiparando-se com o tamanho de cada cenário. Assim, Oblivion, pega no elemento mistério e anexa ao de ficção-científica, com muita tensão de maneira a manter a audiência envolvida.
Considerando o pequeno elenco, Tom Cruise é o responsável pelos melhores momentos de Oblivion, trata-se de um protagonista simpático e contemplativo que se encaixa dentro do Cruise que nos tem vindo a habituar durante tantos anos, sendo o herói em tantos outros filmes, desta vez, com Jack, decidiu ser um pouco mais delicado, sendo uma personagem mais convidativa.
Mas as estrelas não ficam por aqui, Andrea Riseborough como Victoria, directora de comunicações de Jack e sua única confidente, ao contrário de Jack, está ansiosa para se reunir com os restantes sobreviventes em Titã. Mas em personagens secundárias, e mesmo com um curto papel, Morgan Freeman consegue mais uma vez roubar parte do espectáculo, oferecendo adições significativas para a história de Oblivion, juntamente com Nikolaj Coster-Waldau que tem vindo a crescer ultimamente cinematograficamente, Melissa Leo e Olga Kurylenko, cada um com os seus próprios momentos no centro das atenções.
Kosinski, deve muito do sucesso de Oblivion ao departamento de efeitos especiais, uma vez que trouxeram dois dos mais interessantes elementos para a vida, primeiramente os drones, e uma Nova Iorque do pós-guerra. Os drones, robôs aéreos fascinantes, máquinas de matar, a paisagem, contemplando-se morta, destruída, na guerra, apresentando elementos da sua antiga glória em algumas das cenas mais absorventes do filme, tomando como exemplo, a tocha da Estátua da Liberdade imóvel numa ravina, apresentando-se a meio de uma perseguição de alta intensidade, tornando-se lembretes constantes da destruição causada pelo ataque alienígena.
Oblivion, não é o filme mais emocionante ou a experiência mais inteligente da ficção-científica, fãs de acção poderão ficar desapontados com a quantidade limitada de tiroteios e outras cenas de acção, e os espectadores que procuram mundos de ficção podem encontrar muitos traços familiares. Com um trauma previsível de se revelar, mantem de qualquer forma a criação alucinante que Kosinksi imaginou, o director apresenta um futuro fascinante com visuais ricos e um protagonista intrigante. Oblivion poderia facilmente se ter tornado uma experiência complicada, em vez disso, o filme mantém um foco assente na jornada do personagem de Jack, que felizmente é uma “equipa eficaz” de drama e aventura pós apocalíptica.

























































