quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

3D - A Tecnologia dos Olhos

   Nos dias que correm, quem vai ao cinema encontra com toda a certeza um filme com a componente 3D (a três dimensões), e embora de inicio tudo tenha sido muito fascinante, o mais certo é agora existir um maior número de pessoas que preferem ir ao cinema ver a duas dimensões do que a três. Casos relatam dores de cabeça por parte dos indivíduos, ou várias queixas, entre elas o tornar do filme mais escuro, muito devido ao uso dos óculos para o efeito.

   Da minha parte, e por experiência própria nunca me queixei de dores algumas, apesar de concordar de o 3D tornar o filme mais escuro do que realmente é, o que prejudica, e muito, a meu ver, a qualidade da imagem. E os típicos encontros de amigos para ir ao cinema geram quase sempre discussões em que o assunto principal nem é a escolha do filme, mas sim o 3D, em que se divide um grupo que quer ir ver com essa componente e outro que não.

    O maior problema é que nem sempre é dada alternativa ao 3D, como se pode exemplificar com filmes como o mais recente “TRON – Legacy - TRON – O Legado”, o que se compara com os filmes de animação em que maioritariamente apenas é dado ao consumidor a escolha única de assistir ao filme na versão dobrada, deixando a versão original de fora, mas isso fica para outra altura.

   O que eu penso deste assunto é que o 3D, se bem utilizado, pode se tornar numa experiência única para o espectador, sendo mais notório essa melhor utilização em filmes de animação como é o caso de “How To Train Your Dragon – Como Treinares o Teu Dragão”, que, na minha opinião é o melhor filme até á data que proporcionou um espectáculo digno de se ver e de ser paga a taxa extra que chega aos dois euros para assistir a um filme a 3 dimensões.

   A contrastar com a boa utilização do 3D, vem também as ovelhas negras em que, ir ver o filme com aquela componente chega ao ridículo de ser praticamente idêntico a ir ver a duas dimensões, tirando claro, a qualidade da imagem ser pior devido a ser mais escuro. Um dos filmes em que mais frustração senti por ter pago mais por algo que “não vi” é “Clash of the Titans – Confronto de Titãs”, em que apesar de não ter desgostado do filme, o 3D foi algo completamente inútil naquele presente momento.

   Já cheguei a dar comigo feliz por um filme não ser em 3D, quando anunciaram que o último filme já lançado de Harry Potter não iria ter esta tecnologia. 

   A edição de um filme em 3D é mais demorosa que os normais, devido à criação das convergências para que o nosso cérebro capte o que se está a passar no ecrã, pois o que lá se passa é algo que os nossos olhos não estão preparados, pois esta tecnologia requer que estes fixem de uma distância e convergem de outra, coisa que qualquer animal racional ou irracional que possua olhos nunca tenha feito, pois sempre fixaram e convergiram da mesma distância.
  
   E as dores de cabeça podem ser explicadas por isto mesmo, já que o cérebro precisa de alguns milissegundos para perceber onde a imagem converge e se ajustar a tal. Então o nosso cérebro precisa do dobro do trabalho do que necessitaria ao ver um filme normal.

   Cada vez mais se fazem filmes em três dimensões e o pior é que 90% das vezes não nos é dado uma alternativa a outra versão do filme, e infelizmente esta tecnologia não é bem aproveitada, o que me leva a pensar que esta componente é cada vez mais uma forma de burlar o espectador, como tudo actualmente. E desta vez não haverá noticia de que o próximo filme de Harry Potter não será em 3D.

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