Desta vez atrasei-me um pouco com a crítica, mas como mais vale tarde que nunca aqui está ela, assim o filme escolhido foi o Cisne Negro.
Confesso que de inicio tive muitas dúvidas da maneira como o filme começou, opinião que se foi alterando e de que maneira à medida que o tempo passou. A história gira em volta de uma bailarina muito tímida e ingénua que pega no antigo sonho da mãe – que é super protectora em relação à filha – ao querer ter o papel principal numa das maiores peças da empresa de Ballet onde trabalha.
E acaba mesmo por o conseguir, mas não da maneira que uma rapariga tímida o faria… acabando por ter de interpretar duas personagens, Cisne Branco e o Cisne Negro.
Natalie Portman pára por completo o espectáculo com uma performance inigualável, e caso seja vencedora na categoria de melhor actriz nos Óscares da próxima semana, será mais que merecido. Esta, interpreta não uma, não duas, não três, mas quatro personagens dentro da mesma, em que uma é a menina tímida, outra a menina selvagem, outra em que faz o Cisne Branco e outra em que passa para o Cisne Negro.
A evolução do seu papel é como que se da história do patinho feio se tratasse, quando este evolui para um belo Cisne, mas ao contrário, à medida que Natalie Portman se prepara para o seu grande dia, vai-se notando uma transformação para pior – á sua maneira – perdendo a figura frágil, transformando-se metaforicamente no Cisne Negro.
O elenco é formidável, e a história excepcional, fazendo com que Natalie Portman leve tudo às suas costas terminando com um final que como a própria diz “ter atingido a perfeição”, e nada mais poderei dizer, pois não sou nada a favor de spoilers.
Cisne Negro pode não ser um filme para todos, chegando mesmo a bater num ponto psicadélico e bizarro e em certo ponto mesmo erótico, mas é sem dúvida alguma um dos filmes do ano.
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