Mais uma vez, em semana de estreia de O Discurso do Rei, este não estreou no cinema que costumo frequentar, mas já nem vou comentar mais sobre este assunto… O que vale é que The Fighter, com sete nomeações para os Óscares, lá estava, para espanto, mas também agrado meu.
The Fighter – Último Round, revelou ser uma surpresa bem agradável, já ia ver com o pensamento de que muitos consideravam-no um grande filme, o que acabou por ser verdade. Este conta a história verídica de um lutador de boxe com uma família complexa e um irmão viciado em “crack”, irmão esse que tinha sido um lutador famoso da cidade.
No presente, o irmão viciado, personagem representada por Christian Bale, nomeado nesta película para Melhor Actor Secundário, e vencedor do Globo de Ouro da mesma categoria treina o seu irmão, interpretado por Mark Wahlberg, em boxe, mas que é algo deveras difícil para esta família devido aos problemas constantes que têm.
O filme acaba tão bem como começou, mostrando duas pontas da mesma história, uma boa e uma má, sendo sempre regular a boa exibição de um belo leque de personagens e uma história formidável com um quê de lembranças de “Rocky” à mistura, mas não pensem que isto é mais uma cópia ou falta de originalidade, porque não o é, é sim uma tentativa bem conseguida de pegar num conceito usado e transformá-lo num dos melhores filmes do ano (também se encontra nomeado para essa categoria).
Christian Bale, teve de perder muito peso para interpretar na integra o papel de viciado em drogas, com uma meta entre 63 e 66 kg em que o próprio diz que teve de saltar muito, utilizando mesmo o boxe como o meio para chegar a esse peso. A sua prestação é mesmo formidável, mostrando a sua personagem Dicky com uma personalidade muito diferente do que se está habituado a ver, o que dá ao espectador algo com que se entreter apenas de ver o actor fazer aquilo que sabe fazer melhor.
Mark Wahlberg também faz um papel excelente e a sua evolução, assim como as restantes personagens é um dos pontos mais importantes, pois prende o espectador, fazendo com que se interessem por eles e levando a pensar como irão acabar. Mesmo para quem não goste de boxe não deve evitar este filme, pois não é o desporto que está em causa, mas sim a “luta” de uma família pela sobrevivência em que os dois irmãos se ajudam mutuamente de maneira a vencer na vida.
Por isso mesmo, e muito mais, não tenho nada a apontar de realmente negativo neste filme, recomendo vivamente, sendo daqueles que ficam na memória durante bastante tempo, falta saber se em alguma das nomeações, os Óscares farão uma bela e merecida surpresa a The Fighter – Último Round, que está nomeado para, como já referi Melhor Actor Secundário, Melhor Filme, mas também Melhor Actriz Secundária em que constam duas nomeações (Amy Adams e Melissa Leo), Melhor Realizador (David O. Russel), Melhor Argumento Original e Melhor Edição.
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